sábado, 31 de março de 2012

Guia das profissões

                        Guia das profissões








Principais funções:













Matérias abrangidas no curso:

















Duração do curso:

Aluno:                                                                 Série/turma:

Dissertação

Dissertação.  Dissertar é:
I. Expor um assunto, esclarecendo as verdades que o envolvem, discutindo a problemática que nele reside;
II. Defender princípios, tomando decisões
III. Analisar objetivamente um assunto através da sequência lógica de ideias;
IV. Apresentar opiniões sobre um determinado assunto;
V. Apresentar opiniões positivas e negativas, provando suas opiniões, citando fatos, razões, justificativas.
        A introdução de um texto pode ser concebida como o “cartão de visita” do autor, um convite ao leitor / à leitora a participar de maneira harmoniosa ou contrastiva em relação à proposta abordada, além de servir de elemento administrativo e regencial do aspecto global do texto. Por esses motivos, é significativo que a introdução de um texto dissertativo contenha elementos atrativos, objetivos, questionadores e que apresente um matiz distintivo (atrelado ao grau opinativo e/ ou informativo) sobre o que será desenvolvido.
        Um dos quesitos que garantem o bom desdobramento do texto dissertativo é o uso de exemplos, seja para complementar, ratificar ou refutar um tema ou uma ideia preestabelecida. Dessa maneira, a exemplificação possibilita caracterizar e tornar mais acessível e convincente ao leitor o que se afirma ou se nega. O uso de exemplos também certifica ao leitor que o autor é capaz de dissertar sobre temas da atualidade, bem como explorar certo conhecimento de mundo ou certa capacidade intertextual de dialogar com outros assuntos afins.
     Além de retomar ou resumir a ideia/ assunto desenvolvido, a conclusão de um texto dissertativo deve, em geral, oferecer um argumento distintivo em relação ao foco proposto e, dependendo do gênero a ser produzido, deve convencer o leitor a refletir sobre aquele determinado ponto de vista.
www.algosobre.com.br/redacao/dissertacao.html

Crônica

O gênero textual crônica (Heloisa Amaral* )
A crônica contemporânea é um gênero que se consolidou por volta do século XIX, com a implantação da imprensa em praticamente todas as partes do planeta. A partir dessa época, os cronistas, além de fazerem o relato em ordem cronológica dos grandes acontecimentos históricos, também passaram a registrar a vida social, a política, os costumes e o cotidiano do seu tempo, publicando seus escritos em revistas, jornais e folhetins. Ou seja, de um modo geral, importantes escritores começam a usar as crônicas para registrar, de modo ora mais literário, ora mais jornalístico, os acontecimentos cotidianos de sua época, publicando-as em veículos de grande circulação.
Os autores que escrevem crônicas como gênero literário, recriam os fatos que relatam e escrevem de um ponto de vista pessoal, buscando atingir a sensibilidade de seus leitores. No registro da história social, assim como na escrita das crônicas, um dos objetivos é mostrar a grandiosidade e a singularidade dos acontecimentos miúdos do cotidiano.
Ao escrever as crônicas contemporâneas, os cronistas organizam sua narrativa em primeira ou terceira pessoa, quase sempre como quem conta um caso. Ao narrar, inserem em seu texto trechos de diálogos, recheados com expressões cotidianas.
Escrevendo como quem conversa com seus leitores, como se estivessem muito próximos, os autores os envolvem com reflexões sobre a vida social, política, econômica, por vezes de forma humorística, outras de modo mais sério, outras com um jeito poético e mágico que indica o pertencimento do gênero à literatura.
Há, atualmente, diferentes estilos de crônicas, associados ao perfil de quem as escreve. Todos os estilos, porém, acabam por encaixar-se em três grandes grupos de crônicas: as poéticas, as humorísticas e as que se aproximam dos ensaios. Estas últimas têm tom mais sério e analisam fatos políticos, sociais ou econômicos de grande importância cultural.
PNEU FURADO

O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo
"Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
- Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a
trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.

(Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).

Crônica: O lixo



O lixo
Luís Fernando Veríssimo


Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora...
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha...


Atividade oral:
A crônica é um gênero textual que traz, explícita ou implicitamente, uma crítica a algum aspecto da vida em sociedade. Em relação à crônica “O lixo” , de Veríssimo, qual a crítica presente?
Produção textual
Releia o final da crônica “O lixo” de Veríssimo:
“- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha...
Escreva um pequeno diálogo dando continuidade deste encontro entre o senhor do 612 e a senhora do 610.

Eduardo e Mônica, Legião Urbana

Profª Cristianne- redação
Eduardo E Mônica
Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olho, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
Noutro canto da cidade
Como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse
- Tem uma festa legal e a gente quer se divertir
Festa estranha, com gente esquisita
- Eu não estou legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
- É quase duas, eu vou me ferrar

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes
Do Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda estava
No esquema "escola, cinema, clube, televisão"

E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia
Como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro e artesanato e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Em que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa
Que nem feijão com arroz

Construíram uma casa uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação

E quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?


Modalidades que podem constituir o discurso humorístico:

Cômico é representado por um riso mais escancarado, que se provoca a partir da afronta aos valores sociais e a rompimento de convenções.

Humor é um riso para dentro, quase sério, associado à inteligência. Portanto, os textos humorísticos são destinados às pessoas que serão capazes de entendê-los, caso contrário, não rirão.

Humor negro é provocado sobre uma desgraça ou mazela humana. É uma forma de riso que se constrói em cima da destruição de algo.

Ironia tem por característica provocar uma forma de riso sarcástico. Ela é uma forma sutil de se dizer uma coisa pela outra.

Sátira é corrosiva e implacável e é utilizada por aqueles que demonstram a sua capacidade de indignação, de forma divertida, para denunciar abusos, castigar.

Paródia é uma forma de imitação cômica de uma composição literária, uma música, um filme, etc. Toda paródia aborda recursos irônicos e deboche em relação ao texto original. Ela geralmente é muito parecida com a obra de origem.

Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas


O narrador

Profª Cristianne Elisney - Redação

O NARRADOR
Narrador-personagem- participa dos fatos e é também uma das personagens.
Narrador-observador-não participa da história; é um mero observador.











1.        Dos textos abaixo, indique aquele cujo narrador é narrador-observador:

a) “E uma noite, depois de acabar de rezar e depois que vovó Catarina apagou a vela do quarto, eu quis ler no escuro. Ergui as mãos e fui tocando a espessura negra à volta da cama. E aí a noite ficou presa entre meus dedos, silenciosamente adormecida até o alvorecer...” (Ilka Brunhilde Larito. A menina que fez a América.)

b) “Havia um menino diferente dos outros meninos: tinha o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada. Os vizinhos mangavam dele e gritavam:- Ó pelado! Tanto gritaram que ele se acostumou, achou o apelido certo, deu para se assinar a carvão, nas paredes: Dr. Raimundo Pelado.” (Graciliano Ramos. A terra dos meninos pelados.)

2.      Responda no caderno:

a)                  Reescreva o texto abaixo, transformando o narrador-personagem em narrador-observador:

“Fui para casa impressionado com a história dos milagres. De noite, na cama, continuei pensando no filme, sem conseguir dormir. O que me intrigava era a espécie de milagres que o homem pedia: tudo bobagem, a bengala virar árvore, salvar o mundo, coisas assim. Comigo, seria diferente. Eu haveria de pedir ouros milagres.” (Fernando Sabino.
O menino no espelho.)

b)Usando a narração em primeira pessoa, escreva uma história que aconteceu com você e que foi inesquecível.


Carta argumentativa

Carta argumentativa

É o tipo de carta que tem por finalidade persuadir o interlocutor e, para alcançar esse objetivo, precisa de argumentos convincentes.
Características:

·         É um texto de natureza argumentativa, que tem por finalidade defender o ponto de vista do locutor e persuadir o interlocutor;
·         É formada pelas seguintes partes: local e data, vocativo, assunto (corpo da carta), expressão cordial de despedida e assinatura;

O corpo da carta é constituído por três partes essenciais:
·         Exposição do ponto de vista do autor,
·         Desenvolvimento desse ponto de vista (com argumentos)
·         Conclusão;
·         A conclusão pode ser uma síntese das ideias, uma recomendação ou sugestão, uma proposta, uma citação etc;
·         Linguagem culta, formal, impessoal, clara e objetiva.
·         Presença da interlocução. Não se pode esquecer que, nesse caso, você está escrevendo para uma única pessoa e isso implica o uso de marcas de interlocução (vocativos, pronomes) que configuram uma espécie de diálogo entre os interlocutores: você e o destinatário de sua carta.

Modelo de Carta Argumentativa em formato Internacional:

Lucas Araújo (Atleta -destinatário)
Bicampeão Mundial (Título esportivo do destinatário)
Jogador de Futebol (Modalidade esportiva do destinatário)

(Linha em branco)
Rua Santo Agostinho, número 03 (Endereço do destinatário -  fictício)
(Linha em branco)
Salvador, 13 de Janeiro de 2012 (Cidade e data - fictício)
(Linha em branco)
(Corpo da carta lembre-se de iniciar com uma saudação):
          Caro senhor Lucas,

          Na certeza de que ouvirá o meu lamento com atenção e tomará alguma
atitude para ajudar-me é que lhe escrevo esta carta.
Peço socorro!
Quando eu ainda era bem pequeno...
Atenciosamente,
Paulo Soares (Assinatura fictícia do remetente)
São Sebastião, Rua 513 (Endereço fictício do remetente)

fonte: martaroque.wikispaces.com/.../CARTA+ARGUMENTATIVA+pp.pp

Narração

Redação                                       


           NARRAÇÃO
Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é CONTADO possui os seguintes elementos:

O NARRADOR: dono da voz ou, em outras palavras, a voz que nos conta os fatos e seu desenvolvimento. Dependendo da posição do narrador em relação ao fato narrado, a narrativa pode ser feita em 1ª ou em 3ª pessoa.

O ENREDO: é o desenrolar dos acontecimentos. O enredo se organiza em torno de um conflito, ou seja, uma oposição entre os elementos da história e cria no leitor ou ouvinte expectativa em relação aos fatos. O enredo possui as seguintes partes:
Ø  Introdução: (apresentação): o  narrador costuma apresentar os fatos iniciais, as personagens e, eventualmente, o tempo e o espaço. A introdução de um texto narrativo é muito importante, porque deve despertar a atenção do leitor e situá-lo diante da história que vai ler.
Ø  Complicação: (desenvolvimento) é a parte do enredo em que é desenvolvido o conflito.
Ø  Clímax: é o momento culminante da história, o momento de maior tensão, aquele em que o conflito atinge o seu ponto máximo. O clímax na narrativa deve despertar a curiosidade e atenção do leitor.
Ø  Desfecho (desenlace ou conclusão): é a solução do conflito, a parte final: boa, má, surpreendente, trágica, cômica ou feliz. 

OS PERSONAGENS: seres que participam do desenrolar dos acontecimentos.
A personagem principal é aquela na qual se centraliza a narrativa. Pode haver mais de uma.
A personagem secundária é aquela que não participa ativamente da história. Ela aparece algumas vezes e pode servir de interlocutor da personagem principal

O AMBIENTE: cenário por onde circulam personagens e onde se desenrola o enredo.

O TEMPO: O narrador pode se posicionar de diferentes maneiras em relação ao tempo dos acontecimentos - pode narrar os fatos no tempo em que eles estão acontecendo; pode narrar um fato perfeitamente concluído; pode entremear presente e passado, utilizando a técnica de flash-back.

Concluindo:
É necessário, portanto, mencionar o modo como tudo aconteceu detalhadamente, isto é, de que maneira o fato ocorreu. Um acontecimento pode provocar consequências, as quais devem ser observadas.

Ø  Fato - o que se vai narrar (O quê?)
Ø  Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
Ø  Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
Ø  Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)
Ø  Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
Ø  Modo - como se deu o fato (Como?)
Ø  Consequências - Geralmente provoca determinado desfecho.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_narrativo